"Não me perguntem o que eu fiz. Perguntem o que eu não fiz. Eu não cortei suas asas, foi só isso", afirma Ziauddin Yousafzai, pai de Malala, a mais jovem vencedora do prêmio Nobel, em 2014.
Quem senão o pai estimularia a menina de 12 anos a ter tamanha dignidade e coragem o suficiente para encarar o fanatismo religioso islâmico no Paquistão só para ter o direito de estudar?
Quem, além do pai, motivaria Malala a buscar seus objetivos até que se tornasse símbolo da luta pela educação das meninas do mundo todo?
Ziauddin Yousafzai é um grande exemplo para seus filhos; especialmente para Malala, que influenciada pelos valores de seu pai, em 9 de outubro de 2012, entrou em um ônibus para ir para a aula quando foi abordada por um soldado Talibã que disparou três tiros contra ela. Um deles atingiu o lado esquerdo de seu crânio. Por vários meses Malala ficou em coma. Ao acordar, começou sua vitoriosa luta pela educação.
Em entrevista à Newsweek, Ziauddin Yousafzai explicou o quanto se envergonha em ser um homem diante da maneira irracional como os homens têm tratados as mulheres. “O chauvinismo que mina ou rejeita as habilidades das mulheres é uma doença. “Os direitos das mulheres não estão a critério dos homens”, disse. “São direitos”, complementou Yousafzai.
Diante da importância da educação em todo o mundo e da única esperança que pode impulsionar o Brasil em direção à justiça e ao desenvolvimento, o Centro do Professorado Paulista, por meio do admirável posicionamento de Yousafzai, homenageia todos os pais, na passagem do seu dia.